Interações Ecológicas
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Formigas como engenheiras do ecossistema
Quando pensamos em animais que moldam a paisagem, nossa mente geralmente invoca imagens de castores construindo represas que transformam vales em lagos, ou de corais que, ao longo de milênios, constroem recifes que alteram as correntes oceânicas. Raramente damos o devido crédito aos engenheiros mais numerosos, persistentes e, talvez, mais impactantes dos ecossistemas terrestres: as formigas.
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Relações com fungos, bactérias e vírus além das cortadeiras
A espetacular agricultura de fungos praticada pelas formigas cortadeiras é, com razão, a mais famosa interação entre formigas e micróbios. Ela é o «garoto-propaganda» dessa relação. No entanto, focar apenas nela seria como olhar para a ponta de um iceberg gigantesco. A verdade é que cada colônia de formigas, de qualquer espécie, é um ecossistema microbiano ambulante, um «holobionte» – o organismo hospedeiro mais toda a sua comunidade de micro-organismos associados.
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Formigas invasoras
Em cada bioma, as espécies nativas coexistem em um equilíbrio delicado, moldado por milhões de anos de competição, predação e cooperação. É uma «corrida armamentista» evolutiva que resulta em uma teia de vida complexa e resiliente. No entanto, a globalização humana criou uma roleta ecológica. Através de navios, aviões e do comércio de plantas, transportamos inadvertidamente milhares de espécies para continentes onde elas nunca existiram. A maioria dessas «imigrantes» não sobrevive. Mas, ocasionalmente, uma espécie encontra no novo mundo um paraíso: sem os predadores, parasitas e competidores que a controlavam em sua terra natal, ela se espalha sem controle. Ela se torna uma espécie exótica invasora.
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Polinização por formigas: um papel surpreendente e subestimado
Quando pensamos no delicado ato da polinização, uma galeria de protagonistas clássicos surge em nossa mente: as abelhas diligentes, as borboletas esvoaçantes, os beija-flores ágeis e até mesmo os morcegos noturnos. As formigas, em geral, não são convidadas para esta festa. A visão científica tradicional relegou-as, na melhor das hipóteses, ao papel de «ladras de néctar» – oportunistas que roubam a recompensa açucarada da flor sem realizar o serviço vital de transportar o pólen. Em muitos casos, elas são vistas até como prejudiciais.
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